Há duas semanas falei com Artur Agostinho com a mesma sensação de sempre: a do miúdo que se atreve numa redacção e vai perguntar qualquer coisa ao seu colega mais sénior. Com a delicadeza de trato com que sempre distinguiu todas as pessoas, explicou-me que tinha acabado nesse dia de curar uma gripe e que aguardaria mais duas ou três semanas para termos uma nova conversa. Pelo meio, a cortesia com que sempre me corrigia quando o chamava Senhor Artur Agostinho e me instava a tratá-lo pelo nome porque "somos colegas".
Era o maior de todos os que fazem da minha ocupação profissional modo de vida. Era o último.
Um dia vou poder dizer aos meus filhos: "eu ainda sou do tempo dos Príncipes"!
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