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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Sinais "antigos".


Aprendemos desde cedo que existem sinais. Por muitas voltas que demos há algo de Pavloviano a condicionar tanto de nós e a formatar tanto do que fazemos. Naqueles tempos, nunca distantes mas assumidamente remotos, ouviam-se slows. Os slows eram uma tranquila ilha de sedução no meio de mares feitos de ondas revoltas de hormonas aos saltos, tempestades de conflitos interiores de um projecto de pessoa a crescer e rochedos de incompreensões diversas (os mesmos rochedos que o desenrolar da viagem/vida ficam sinalizados por faróis para nunca mais nos atrapalharem).
Os slows tinham uma função numa altura em que "redes sociais" seriam um conceito incompreensível. Eram um "jogo" com regras feitas no momento e prémio incerto.
E havia um sinal...há sempre sinais :))
Quando se ouviam acordes de músicas como esta os corações batiam um bocadinho mais forte, o posicionamento no local era estrategicamente definido, ensaiavam-se alguns olhares, ouviam-se últimas "dicas" ou encorajamentos dos amigos.
Depois...só depois..atravessava-se "a pista"...uma caminhada com sabor a maratona para ouvir uma resposta que nos transportaria ao Céu ou nos faria descer ao Inferno da realidade e a um regresso à base em que a maratona passava a Calvário.
Tudo passava por sinais :)

3 comentários:

Anónimo disse...

Que saudades das festas de garagem.... transportaste, sem quereres claro, para mim um estado nostálgico... mas sabes que mais? é bom!!!
O jogo era bem mais giro e real , e duro bem mais duro ... a relidade era real!
Barbara

Anónimo disse...

Parabéns M&M!
Impossível descrever melhor este passado tão presente nas minhas (nossas) memórias.
Blogotransportei-me 20 anos atrás por segundos
"What a (good) feeling!!"
SF

Marta disse...

As festas de garagem e dos pátios no verão e havia aquele jogo da vassoura! Bons tempos esses, só não partilho da parte das hormonas aos saltos! Nessa época eu gostava era de subir falésias, ler, fazer ski e jogar ao mata, dar mergulhos à noite...Etc.. Não ligava nenhuma aos rapazes, só se fossem muito bons a fazer uma destas coisas!
Cheguei a ter uma alcunha; " a menina do travão" porque arranjava maneira de me escapar aos slows e quando não tinha hipótese dançava com as duas mãos nos ombros do rapaz para que não houvesse muito contacto!! Que saudades desses tempos!
Obrigada por relembrares!

Lendo (relendo?) ...

  • What the dog saw
  • The Tipping Point
  • Made in America, Bill Bryson

Ouvindo...

  • The Smiths..."Reel Around the Fountain"
  • Mozart... "alla turca"