Estava uma rapaziada acampada no Rossio. Acabo de ler que meteram a viola no saco e se foram embora. Parece que aquilo não lhes correu bem. Primeiro porque não tiveram qualquer expressão mediática de relevo. Depois porque lhes saíu pela culatra o tiro de esperarem que a polícia os fosse desalojar do Rossio para depois encenarem a indignação do costume e berrarem contra o fascismo, a prepotência, o "sistema"...
Agora é só mandar desparasitar o Rossio e a vida continua. :-)
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terça-feira, 31 de maio de 2011
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Just for the record...
O sentido de oportunidade desta greve da CP é um excelente indicador da forma responsável como os sindicatos encaram o momento do país. Basicamente estamos a uma semana de eleições, temos um Governo "em gestão corrente" e ainda não se percebeu quem vai tomar decisões depois do sufrágio. Mas a rapaziada do "pouca-terra" marca e cumpre greves em pose esfíngica como se estivesse a viver numa outra época, num outro lugar. Fica-se com a ideia de que "a greve já estava marcada e agora é chato dizer à nossa malta que não a cumprimos" se bem que isso já seria conferir a capacidade de existir uma qualquer explicação para algo inexplicável.
Esta greve é para pressionar quem? O Governo que está a sair não pode ser porque estamos a 6 dias de eleições! O Governo que está para entrar não pode ser porque se desconhece qual seja!
Esta greve é mais uma demonstração dos custos de se atribuirem amplas liberdades a quem não tem capacidade responsável de responder por elas...
Esta greve é para pressionar quem? O Governo que está a sair não pode ser porque estamos a 6 dias de eleições! O Governo que está para entrar não pode ser porque se desconhece qual seja!
Esta greve é mais uma demonstração dos custos de se atribuirem amplas liberdades a quem não tem capacidade responsável de responder por elas...
domingo, 29 de maio de 2011
Cumpriu-se o provérbio
Ontem, pela primeira vez na vida, Sócrates teve noção de que "quem anda à chuva, molha-se!"
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Sandokan
Entrei em "modo Sandokan" para o fim de semana e não estou certo do que isso seja mas acho que vai ser bom :)
A frase é inconsequente qb (e qb aqui parece-me um eufemismo para "MUITO") mas espelha uma vontade de esquecer responsabilidades (as maiores, vá lá...) durante pelo menos os próximos dois dias.
A frase é inconsequente qb (e qb aqui parece-me um eufemismo para "MUITO") mas espelha uma vontade de esquecer responsabilidades (as maiores, vá lá...) durante pelo menos os próximos dois dias.
Everybody's working for the weekend
Uma cancão não tem necessariamente de ter uma melodia "do outro mundo" e esta não tem.
Uma canção não tem de ser interpretada pelos melhores executantes do momento e esta não foi .
Uma canção não tem de transportar uma letra de fazer inveja a Shakespeare e esta não transporta.
Mas uma canção deve acertar em cheio com o que nos vai na alma no momento em que a ouvimos (ou recordamos) e nenhuma frase longa, bonita e composta me soa melhor a esta hora de uma sexta-feira do que aquele vociferado : "Everybody's working for the weekend!"
Bom fim de semana!!! :)
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Segredos
"We talked into the night. The kind of talk that seemed important, until you discover girls
-Alright, alright. Mickey's a mouse. Donald's a duck. Pluto's a dog. What's Goofy?
-If I could only have one food for the rest of my life? That's easy. Pez. Cherry flavored Pez. No question about it.
-Goofy's a dog. He's definitely a dog.
-I knew 'The $64,000 Question' was fixed. There's no way anybody could know that much about opera.
-He can't be a dog. He wears a hat and drives a car.
-Wagon Train's a really cool show, but did you ever notice that they never get anywhere? They just keep on Wagon Train-ing.
-God! That's weird. What the hell is Goofy?"
Talvez seja um dos meus filmes favoritos de sempre e a cena da fogueira é, possivelmente, das minhas preferidas entre todas as que já vi no cinema.
Lembro-me dela porque está a chegar mais um Verão e mais uma série de oportunidades para que eu e o Francisco tenhamos destas conversas deitados nas espreguiçadeiras e acompanhados pelas estrelas e pelo semblante trocista da Beatriz que é mais "crescida" do que nós até porque é menina. E os nossos diálogos vão ser os nossos segredos, aqueles segredos que só temos com os nossos melhores amigos.
Caça à multa
Está aberta a temporada de caça...à multa.
A PSP tem números mínimos de multas a passar e viaturas a bloquear e a rebocar entre outros . Para os responsáveis da polícia trata-se de dar cumprimento ao Quadro de Avaliação e Responsabilização da Administração Pública, mas visto de fora parece um método de fazer com que a polícia dê lucro, o que não é exactamente a sua função.
O primado da quantidade de serviço sobre a qualidade do mesmo tem números; cada divisão da PSP terá de realizar 300 opções STOP contribuindo para um total nacional de 12900, os testes do balão devem aumentar 5% e o número de autos de contra-ordenação rodoviária, um eufemismo para multas, deverão idealmente totalizar os 172 mil.
Tendo em conta que estacionar numa grande cidade como Lisboa é uma tarefa de elevada dificuldade pois boa parte dos espaços disponíveis são hoje em dia sujeitos a estacionamento pago, a caça à multa encontrará boa coutada onde fazer baixas e alcançar os objectivos.
E é bom lembrar que são objectivos cujo cumprimento determinará a avaliação dos polícias. O que significa que nessa profissão os critérios de avaliação passam não apenas pela qualidade do desempenho dos profissionais mas pela necessidade de que existam cidadãos que prevariquem. De onde se conclui, por bizarro que pareça que se todos cumprirmos a lei, a polícia não cumpre a sua missão.
Escrevi este texto em Abril do ano passado e, nesta versão, apenas lhe retirei as referências temporais que o situavam em 2010.
No essencial as coisas mantêm-se. Lembrei-me disso porque esta manhã fui mandado parar numa monumental operação stop ao som de um dos mais de dez agentes que a compunham a gritar para outro colega "manda parar esse e vê a inspecção".
"Esse" era eu e a inspecção estava feita para tristeza da máquina autuante.
Gostar cada vez menos da nossa polícia é uma inevitabilidade...ter-lhe cada vez menos respeito é uma pena!
A PSP tem números mínimos de multas a passar e viaturas a bloquear e a rebocar entre outros . Para os responsáveis da polícia trata-se de dar cumprimento ao Quadro de Avaliação e Responsabilização da Administração Pública, mas visto de fora parece um método de fazer com que a polícia dê lucro, o que não é exactamente a sua função.
O primado da quantidade de serviço sobre a qualidade do mesmo tem números; cada divisão da PSP terá de realizar 300 opções STOP contribuindo para um total nacional de 12900, os testes do balão devem aumentar 5% e o número de autos de contra-ordenação rodoviária, um eufemismo para multas, deverão idealmente totalizar os 172 mil.
Tendo em conta que estacionar numa grande cidade como Lisboa é uma tarefa de elevada dificuldade pois boa parte dos espaços disponíveis são hoje em dia sujeitos a estacionamento pago, a caça à multa encontrará boa coutada onde fazer baixas e alcançar os objectivos.
E é bom lembrar que são objectivos cujo cumprimento determinará a avaliação dos polícias. O que significa que nessa profissão os critérios de avaliação passam não apenas pela qualidade do desempenho dos profissionais mas pela necessidade de que existam cidadãos que prevariquem. De onde se conclui, por bizarro que pareça que se todos cumprirmos a lei, a polícia não cumpre a sua missão.
Escrevi este texto em Abril do ano passado e, nesta versão, apenas lhe retirei as referências temporais que o situavam em 2010.
No essencial as coisas mantêm-se. Lembrei-me disso porque esta manhã fui mandado parar numa monumental operação stop ao som de um dos mais de dez agentes que a compunham a gritar para outro colega "manda parar esse e vê a inspecção".
"Esse" era eu e a inspecção estava feita para tristeza da máquina autuante.
Gostar cada vez menos da nossa polícia é uma inevitabilidade...ter-lhe cada vez menos respeito é uma pena!
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Euros e escudos...
Será que a senhora que ontem me cobrou 5,5 Euros por um quilo de cerejas teria a mesma cara se me estivesse a pedir 1100$00 pela mesma quantidade desse meu vício? Eu duvido muito. Como duvido que as pessoas fumassem se se apercebessem diariamente de que gastam 760$00 para adquirir 20 cigarros. Ou que um pequeno-almoço numa pastelaria fica por mais de 800$00.
Posso estar a ficar old fashioned mas estou longe de gágá...
Posso estar a ficar old fashioned mas estou longe de gágá...
Tom Tom Club, o talento e os Dâmasos
Esta selecção é tudo menos inocente. Para além do óbvio que é ser uma canção de Verão e de o sentirmos à porta, de ter qualquer coisa de imortal que faz com que seja ainda hoje trauteada...há mais.
Há uma pequena história que tem "o seu quê". Os Tom Tom Club são o produto de brincadeiras de férias nas Bahamas de dois membros dos Talking Heads. Assim, sem mais!
Olha-se para esta gente que nos demonstra que o talento nunca vai de férias e sente-se um arrepio na espinha ao ver o que nos rodeia. Melhor: o que nos mostram do que nos rodeia. Sobretudo quando se acaba de folhear sem anestesia a TV Guia e a TV Mais (nota do autor: faço-o desrespeitando o conselho das autoridades sanitárias por incontornável necessidade profissional). A fruta da época são uns gordos que aparecem na SIC e uns tesos que aparecem a brincar aos exploradores de tribos para ganharem para o croquete. Têm destaque justamente por isso: uns porque são notoriamente gordos e outros porque são dissimuladamente indigentes. E ocupam as páginas que deveriam ser ocupadas com talento.
O voyeurismo global em que se está a transformar o país distrai-nos dessa procura da excelência, do talento, dos resultados do empenho e do trabalho. Ainda há dúvidas sobre porque triunfam mais os portugueses que saem de Portugal? Porque têm espaço! Porque o português precisa de espaço para ser mais português, para ser melhor português. Agostinho da Silva disse que "um brasileiro é um português à solta" e essa frase sintetiza muito do que é essa libertação de deixar de disputar espaço (neste caso mediático) com as abéculas que os media endeusam.
Para muitos, sair do país foi a oportunidade ou a fuga. Eu defendo que aqui ainda se pode conquistar espaço e essa é uma das razões porque "fiquei".
Agora deixemo-nos de ilusões, não é de braços cruzados.
Eça permanece actual e continua a ser "um dever de moralidade pública dar bengaladas" a estes Dâmasos dos nossos dias. Eu não perco uma oportunidade!
terça-feira, 24 de maio de 2011
Os portugueses e os carros
Há um mundo de oportunidades desperdiçadas dentro e à volta de um carro que só um português sabe ver e aproveitar. Andam os engenheiros de todo o mundo a conceber automóveis preocupados com motores, performances, níveis de poluição e segurança quando o essencial é descurado...mas felizmente no cantinho da Europa há as formiguinhas obreiras que descortinam em cada pópó as oportunidades perdidas.
Começando pelo espelho retrovisor. Que disparate! Um espelho para onde se olha sem se ver o nosso rosto nem nada de nós. Toca a personalizar a coisa. E vai daí o bom do tuga desata a pendurar apetrechos no dito espelho. Quem fizer uma aferição do nível de religiosidade dos condutores portugueses apenas pela contemplação dos retrovisores chega à incontornável conclusão de que somos um povo de Fé: em cada 4 carros, 3 transportam um reluzente e cintilante terço penduradinho no espelho. Mesmo que o tripulante nem saiba a Salvé Rainha, o terço já lá mora para um eventual surto inesperado de fervor místico. Os hereges optam por outras decorações: galhardetes de clubes ou associações de bombeiros, um CD, pinheirinhos que libertam suaves fragrâncias, dados gigantes...qualquer coisinha que liberte o condutor da sensação de isolamento que provoca um vidro com vista sobre a estrada e pouco mais. E fica logo o pára-brisas mais composto.
Depois o tuga olha para o tablier e apercebe-se de nova oportunidade. Então não é que aqueles otários dos engenheiros conceberam o painel de instrumentos com uma forma superior arredondada e não lhe colocaram nada em cima? Idiotas!! Não se está mesmo a ver que aquela zona do habitáculo se chama "pirilampódromo"? E toca de instalar a última versão do pirilampo mágico em cima do tablier para que toda a gente veja que somos solidários e que gostamos de pontuar o carro com bonitos detalhes de cor.
Já que estamos na zona do painel de instrumentos e das oportunidades perdidas há que levar em consideração a aparelhagem sonora com que o automóvel vem "de série". Tem rádio e lê CD´s e debita o som através de umas colunas que já vêm instaladas no carro. Isso pode chegar para o tanso do condutor normal mas para o tuga? Nããããã!! Onde os otários dos europeus se satisfazem com melodias o tuga tem outras exigências: para quê coluninhas de som quando se pode ter basqueiro?? Para quê uns saudáveis decibeizinhos quando se pode armar cagaçal?? ´Boraí mas é instalar umas colunas capazes de fazer o carro trepidar como se estivesse ligado a um centrifugador e ficamos falados de musiquinha.
Já mais saciado na sua febre transformadora mas ainda não satisfeito, o tuga vai à cata de mais chances de imprimir uma marca de grande classe ao seu veículo. E não é que aqueles larilas dos gajos que desenham bólides deixaram passar em claro o mundo de opções que se podem imprimir a uns singelos encostos de cabeça?? Vamos lá tratar disso. Venha daí uma bandeira de Portugal, ou uma Union Jack, ou uma bandeira da Confederação, ou até do clube do coração. Ali é que ela fica linda e com o tempo começa a ficar ruça para atestar as viagens feitas e as horas de desgaste solar a que foi sujeita. E como estamos em maré de pronto-a-vestir vamos ser legalistas: é obrigatório ter em cada carro um colete reflector? Vamos a isso! E para que não sobrem dúvidas escusa de sofrer acabrunhado no porta-luvas e pode exibir a sua garrida galhardia como forro dos bancos do condutor e do pendura.
O tuga sai do carro, cada vez mais bonito, e dá uma voltinha ao mesmo para apreciar a sua obra. Eis senão quando se apercebe do desperdício que representa uma chapeira desornamentada!! Mais um desleixo do fabricante! Pois a chapeleira passa a ser a prateleira de serviço e ali aterram cachecois, postais, rendas e cãezinhos conforme o requinte do proprietário que pode chegar ao climax do "naperon".
O carro é outro e o tuga é agora um orgulhoso detentor de uma autêntica obra de arte. Agora é só ir para a estrada e esforçar-se por cumprir a regra de ouro do condutor português: na estrada vale tudo menos usar o pisca-pisca!
Começando pelo espelho retrovisor. Que disparate! Um espelho para onde se olha sem se ver o nosso rosto nem nada de nós. Toca a personalizar a coisa. E vai daí o bom do tuga desata a pendurar apetrechos no dito espelho. Quem fizer uma aferição do nível de religiosidade dos condutores portugueses apenas pela contemplação dos retrovisores chega à incontornável conclusão de que somos um povo de Fé: em cada 4 carros, 3 transportam um reluzente e cintilante terço penduradinho no espelho. Mesmo que o tripulante nem saiba a Salvé Rainha, o terço já lá mora para um eventual surto inesperado de fervor místico. Os hereges optam por outras decorações: galhardetes de clubes ou associações de bombeiros, um CD, pinheirinhos que libertam suaves fragrâncias, dados gigantes...qualquer coisinha que liberte o condutor da sensação de isolamento que provoca um vidro com vista sobre a estrada e pouco mais. E fica logo o pára-brisas mais composto.
Depois o tuga olha para o tablier e apercebe-se de nova oportunidade. Então não é que aqueles otários dos engenheiros conceberam o painel de instrumentos com uma forma superior arredondada e não lhe colocaram nada em cima? Idiotas!! Não se está mesmo a ver que aquela zona do habitáculo se chama "pirilampódromo"? E toca de instalar a última versão do pirilampo mágico em cima do tablier para que toda a gente veja que somos solidários e que gostamos de pontuar o carro com bonitos detalhes de cor.
Já que estamos na zona do painel de instrumentos e das oportunidades perdidas há que levar em consideração a aparelhagem sonora com que o automóvel vem "de série". Tem rádio e lê CD´s e debita o som através de umas colunas que já vêm instaladas no carro. Isso pode chegar para o tanso do condutor normal mas para o tuga? Nããããã!! Onde os otários dos europeus se satisfazem com melodias o tuga tem outras exigências: para quê coluninhas de som quando se pode ter basqueiro?? Para quê uns saudáveis decibeizinhos quando se pode armar cagaçal?? ´Boraí mas é instalar umas colunas capazes de fazer o carro trepidar como se estivesse ligado a um centrifugador e ficamos falados de musiquinha.
Já mais saciado na sua febre transformadora mas ainda não satisfeito, o tuga vai à cata de mais chances de imprimir uma marca de grande classe ao seu veículo. E não é que aqueles larilas dos gajos que desenham bólides deixaram passar em claro o mundo de opções que se podem imprimir a uns singelos encostos de cabeça?? Vamos lá tratar disso. Venha daí uma bandeira de Portugal, ou uma Union Jack, ou uma bandeira da Confederação, ou até do clube do coração. Ali é que ela fica linda e com o tempo começa a ficar ruça para atestar as viagens feitas e as horas de desgaste solar a que foi sujeita. E como estamos em maré de pronto-a-vestir vamos ser legalistas: é obrigatório ter em cada carro um colete reflector? Vamos a isso! E para que não sobrem dúvidas escusa de sofrer acabrunhado no porta-luvas e pode exibir a sua garrida galhardia como forro dos bancos do condutor e do pendura.
O tuga sai do carro, cada vez mais bonito, e dá uma voltinha ao mesmo para apreciar a sua obra. Eis senão quando se apercebe do desperdício que representa uma chapeira desornamentada!! Mais um desleixo do fabricante! Pois a chapeleira passa a ser a prateleira de serviço e ali aterram cachecois, postais, rendas e cãezinhos conforme o requinte do proprietário que pode chegar ao climax do "naperon".
O carro é outro e o tuga é agora um orgulhoso detentor de uma autêntica obra de arte. Agora é só ir para a estrada e esforçar-se por cumprir a regra de ouro do condutor português: na estrada vale tudo menos usar o pisca-pisca!
segunda-feira, 23 de maio de 2011
O "contexto"
Retirada do contexto uma música pode fazer com que sobrolhos se levantem. Depois olha-se para a pinta dos rapazes, verifica-se que se leu bem o nome do grupo e que era mesmo "April Wine" e teme-se o pior sobre a sanidade mental do autor destas linhas ou, no minimo, antevê-se a descoberta de uma brecha no seu bom gosto.
Quem teve o tal contexto nem se dará ao trabalho de ler o resto do post e saboreará uma música que estava guardada algures nos confins do seu "disco rígido" e que agora saltitará no desktop durante uns dias para depois se alojar de novo nas profundezas da memória, lugar onde pertence.
Quem não teve o contexto não sabe o que perdeu.
Há músicas que evocam um Verão inteiro, outras que nos recordarão sempre o pôr do Sol, há aquelas condenadas à efemeridade de uma estrela cadente mas que deixam igual rasto.
"Just Between You and Me" não é nenhuma dessas....para mim será sempre o hino ao eco das palavras que não disse quando tinha 15 anos. E que continuam por dizer, "seulement entre toi et moi"...
É esse o dito contexto e aposto que não é só meu...
O melhor da Taça de Portugal
Pinto da Costa e Isaltino de Morais sentados em frente a um juiz é uma cena bonita de ver mesmo que seja um juiz de futebol...
Em quem votar no dia 5?
Vou ver se esta semana tenho paciência para ler os programas eleitorais dos diversos partidos que concorrem às legislativas. Salvo alguma surpresa que se atravesse no meu caminho estou decidido a depositar o meu voto em quem garantir que o Liedson volta para o Sporting.
sábado, 21 de maio de 2011
A Fisiologia segundo o Francisco
Cabeça deitada sobre o meu peito, levanta a voz e ordena: "Schiu!! Estou a ouvir o coração do pai a apitar!"
Haverá melhor e mais auspiciosa forma de começar um sábado??
:))
Haverá melhor e mais auspiciosa forma de começar um sábado??
:))
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Urgent - uma adenda :)
"When you realize you want to spend the rest of your life with somebody, you want that the rest of your life start as soon as possible!"
BDC: Eis a excepção que eu abro à negação da urgência ao Amor. Mas aqui, sim, estamos a falar do tal "true love" que mencionaste no teu comentário...
Bjs e obrigado!!
Urgent (?)
"Just you wait and see, how urgent, our love can be, it's urgent"
O mais respeitável dos esforços que já presenciei para me convencer de que esta frase é verdadeira foi feito pelo saxofone desta música.
Mas continuo por convencer. O Amor nunca é urgente. O que é urgente é acordar amanhã bem disposto, de bem com a vida, a andar de cabeça erguida na rua, a aprender com os meus filhos os segredos que só eles dominam da arte de VIVER. E depois de amanhã também. E, de novo, no dia seguinte.
O resto é a paisagem que a Vida me colocar no caminho: umas vezes a justificar que a contemple, outras que a fotografe, na maior parte das vezes desinteressante qb o que é essencial para manter o foco no que conta: o caminho em si. Sem outra meta que não seja caminhar... :) a sorrir!!
quinta-feira, 19 de maio de 2011
38 Special - Caught Up In You
Há injustiça quando o pregão "naif" dos 38´Special fica condenado a ecoar cada vez mais timidamente até que um dia se suma.
Foram eles que quando eu me preparava para fazer 16 anos cantaram, muito escondidinho no meio deste Caught Up In You que "When it's right the light just comes shining through". Eu confesso que nem dei por isso na altura: bastava-me o refrão e a noção de que existia uma little girl (eu era little também) capaz de tornar ainda mais longos os compridos dias desse Verão.
Acho que não apareceu. Se apareceu não ficou na história. O que ficou foi esta música e a capacidade de a redescobrir e de decifrar a linha que conta: "When it's right the light just comes shining through".
Como tal, e como presumo que já tenhas crescido tenho uma nova mensagem para ti "little girl": show me the Light!
Pena de morte
O video nacional a fazer pirraça aos finlandeses era muito interessante por tudo o que tinha de verdades, de meias verdades e de "tretas-que-ninguém-vai-questionar-mas-que-ficam-bem".
Tinha também informações que, sendo mais ou menos imprecisas, seriam desmontáveis se os finlandeses conhecessem minimamente o nosso país. Agora que já pagaram podem ser desvendadas :-)
A mais hilariante é a de termos sido os primeiros a abolir a pena de morte. Parece que é verdade, se bem que exista quem conteste mas...que diferença faria? Com a proverbial lentidão da nossa justiça a pena de morte nunca seria aplicada por morte natural superveniente dos potenciais clientes. É claro que, bem vistas as coisas, a categoria "Carrasco" seria das mais disputadas na Função Pública: assumidamente nada para fazer e ninguém para vir reclamar que o serviço andava mal feito.
É que olhamos para as notícias e lemos que DSK está preso no EUA a agurdar os desenvolvimentos do seu caso de violação sobre a empregada do hotel enquanto que em Portugal um homem de 40 anos sai em liberdade de um julgamento em que era acusado de ter violado a enteada de 12 porque os juízes entenderam que "a criança consentiu a relação sexual".
Esfregamos os olhos, olhamos de novo e vemos Madoff a apodrecer na prisão e Oliveira e Costa em casa a aguardar julgamento.
E podemos continuar todo o dia.
Tinha também informações que, sendo mais ou menos imprecisas, seriam desmontáveis se os finlandeses conhecessem minimamente o nosso país. Agora que já pagaram podem ser desvendadas :-)
A mais hilariante é a de termos sido os primeiros a abolir a pena de morte. Parece que é verdade, se bem que exista quem conteste mas...que diferença faria? Com a proverbial lentidão da nossa justiça a pena de morte nunca seria aplicada por morte natural superveniente dos potenciais clientes. É claro que, bem vistas as coisas, a categoria "Carrasco" seria das mais disputadas na Função Pública: assumidamente nada para fazer e ninguém para vir reclamar que o serviço andava mal feito.
É que olhamos para as notícias e lemos que DSK está preso no EUA a agurdar os desenvolvimentos do seu caso de violação sobre a empregada do hotel enquanto que em Portugal um homem de 40 anos sai em liberdade de um julgamento em que era acusado de ter violado a enteada de 12 porque os juízes entenderam que "a criança consentiu a relação sexual".
Esfregamos os olhos, olhamos de novo e vemos Madoff a apodrecer na prisão e Oliveira e Costa em casa a aguardar julgamento.
E podemos continuar todo o dia.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Sinais "antigos".
Aprendemos desde cedo que existem sinais. Por muitas voltas que demos há algo de Pavloviano a condicionar tanto de nós e a formatar tanto do que fazemos. Naqueles tempos, nunca distantes mas assumidamente remotos, ouviam-se slows. Os slows eram uma tranquila ilha de sedução no meio de mares feitos de ondas revoltas de hormonas aos saltos, tempestades de conflitos interiores de um projecto de pessoa a crescer e rochedos de incompreensões diversas (os mesmos rochedos que o desenrolar da viagem/vida ficam sinalizados por faróis para nunca mais nos atrapalharem).
Os slows tinham uma função numa altura em que "redes sociais" seriam um conceito incompreensível. Eram um "jogo" com regras feitas no momento e prémio incerto.
E havia um sinal...há sempre sinais :))
Quando se ouviam acordes de músicas como esta os corações batiam um bocadinho mais forte, o posicionamento no local era estrategicamente definido, ensaiavam-se alguns olhares, ouviam-se últimas "dicas" ou encorajamentos dos amigos.
Depois...só depois..atravessava-se "a pista"...uma caminhada com sabor a maratona para ouvir uma resposta que nos transportaria ao Céu ou nos faria descer ao Inferno da realidade e a um regresso à base em que a maratona passava a Calvário.
Tudo passava por sinais :)
terça-feira, 17 de maio de 2011
Tonight!
Os dias eram mais longos. Os Verões não acabavam. Havia sal no corpo a maior parte do tempo. A praia tinha horas extra em que as fogueiras desafiavam o escuro. Às vezes uma mão dada era a senha esperada para um beijo...ou não.
Morria-se de amor várias vezes por estação e por cada vez que morríamos voltávamos para voltar a viver. Não há um ensaio geral para a vida nem a vida começou depois. Nem antes. Nem ali. Nem nesse tempo.
Tudo tinha timidez e inexperiência e pureza.
Hoje olho para trás e visito um santuário. Foi bom ter essa idade. Mas foi muito melhor não ter nunca deixado de a ter.
Tonight. Always tonight!!
Laugh (and walk away)
"I'm sick of greedy people who just want a piece of me
They're all so clever and so bright and modern to the T
You smell them from a mile away but I don't really care
When it comes down to the facts I laugh and walk away (laugh and walk away)"
Amanhã é um grande dia!!
Graças à Liga Europa uma das cidades da província deste lindo país vai ter uma bonita festa!!! :))))
quinta-feira, 12 de maio de 2011
terça-feira, 10 de maio de 2011
Far away in time (?)
"On Echo Beach
Waves make the only sound
On Echo Beach
There's not a soul around"
segunda-feira, 9 de maio de 2011
segunda-feira, 2 de maio de 2011
A Camaradazita
A Camaradazita escreve um editorial no JN de ontem em que faz uma retrospectiva sobra a importância do Papa João Paulo II nos acontecimentos que haveriam de precipitar a queda do comunismo.
A Camaradazita escreve como se fôssemos todos tomados por um súbito surto de falta de memória e não nos recordássemos por que águas navegava a Camaradazita no início dos anos 80.
O espectáculo caricato da Camaradazita a trocar a (sua) história por um prato de lentilhas não macula nada de importante nos acontecimentos da História. Mas revela muito do que são estes tempos em que são publicadas prosas de cúmplices de regimes assassinos e tirânicos como se fossem relatos de sobreviventes.
O que resta na espuma dos dias é mais uma cruel manifestação da miserável condição humana a que alguns estão condenados, a mesma condição humana de que se levantam e agigantam vultos com a discrição da genuína coragem de Wojtyla.
"Não tenhais medo!", atreve-se a titular a Camaradazita como se se reabilitasse na sua tardia e pouco convincente profissão de Fé. Não, Camaradazita! Não teremos medo e haverá sempre alguém com memória!
A Camaradazita escreve como se fôssemos todos tomados por um súbito surto de falta de memória e não nos recordássemos por que águas navegava a Camaradazita no início dos anos 80.
O espectáculo caricato da Camaradazita a trocar a (sua) história por um prato de lentilhas não macula nada de importante nos acontecimentos da História. Mas revela muito do que são estes tempos em que são publicadas prosas de cúmplices de regimes assassinos e tirânicos como se fossem relatos de sobreviventes.
O que resta na espuma dos dias é mais uma cruel manifestação da miserável condição humana a que alguns estão condenados, a mesma condição humana de que se levantam e agigantam vultos com a discrição da genuína coragem de Wojtyla.
"Não tenhais medo!", atreve-se a titular a Camaradazita como se se reabilitasse na sua tardia e pouco convincente profissão de Fé. Não, Camaradazita! Não teremos medo e haverá sempre alguém com memória!
domingo, 1 de maio de 2011
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Lendo (relendo?) ...
- What the dog saw
- The Tipping Point
- Made in America, Bill Bryson
Ouvindo...
- The Smiths..."Reel Around the Fountain"
- Mozart... "alla turca"
