Fernando Nobre será, um dia, uma nota de rodapé no capítulo das bizarrias do livro que tratar dos "fait divers" da nossa política.
Mas a verdade é que poderia não ser. E aí o caso seria mais grave.
Fernando Nobre poderia um dia aparecer citado como o caso que lançou de forma irremediável o descrédito sobre as iniciativas de cidadania e a participação dos independentes na nossa vida política.
À conta do seu percurso sinuoso em que se adivinhava a cada passo a ganância (sim, porque chamar-lhe ambição seria reconhecer-lhe base), o homem que ironicamente se chama Nobre só não lançou um anátema sobre quem queira um dia trilhar de forma genuína esse percurso porque nunca foi levado a sério.
Caso contrário quem um dia pretendesse sair da "sociedade civil" para servir o seu país correria o risco de ouvir "Olha...lá vem outro como o Nobre..."
Mas não! Por vezes as Repúblicas copiam modelos que encontram nas Monarquias. As sucessões dinásticas eram um dos exemplos mais elquentes desse facto. Com Fernando Nobre são os bobos da Corte que nunca serão esquecidos. E só isso...
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